Afinal, o que é competência? E quais serão as mais requisitadas até 2022?
Uma previsão feita durante o Fórum Econômico Mundial de 2017 alertou que até o ano que vem, 2020, 35% das competências necessárias para a maioria dos cargos deverão mudar. Naquele momento esse dado parecia futurista, mas vemos realmente isso acontecendo no mercado de trabalho. Foi também divulgado mais recentemente por eles que cerca de 7 milhões de empregos serão extintos nos próximos anos e que as máquinas desempenharão mais funções do que os seres humanos, porém novas habilidades serão requisitadas e a revolução tecnológica criará novos empregos.
Mas afinal, o que é competência? As competências nada mais são do que as habilidades que todos nós temos que desenvolver e aprimorar diariamente. Na prática, a competência diz respeito à capacidade de realizar determinada tarefa e de resolver determinados problemas. A competência profissional remete à ideia de capacidade, soma de conhecimentos ou habilidades. Pressupõe uma ação que agrega valor diante de novas situações, especialmente as de caráter de urgência e imediato. Dessa forma, espera-se que o profissional dotado de competências encontre mais facilidade para se colocar no mercado de trabalho.
De acordo com Flora Alves, CLO da SG – Aprendizagem Corporativa, o desenvolvimento de competências tem o papel de ensinar um assunto relevante ao cotidiano profissional do indivíduo com o intuito de facilitar a execução do trabalho sem deixar de lado a mentoria durante a transferência do conteúdo adquirido à prática.
Anualmente, o Fórum Econômico Mundial publica o relatório chamado “The Future of Jobs Report” (O relatório Futuro do Trabalho), que tem como base da pesquisa opiniões de executivos, líderes de recursos humanos e grandes empregadores. Vinte países com economias desenvolvidas e mais de 300 empresas de diversos setores participaram da elaboração do relatório, além de informações fornecidas pelo LinkedIn. O resultado de 2018 foi que as competências profissionais mais requisitadas até 2022 são:
1 — Pensamento inovador e analítico
2 — Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado
3 — Criatividade, originalidade e iniciativa
4 — Tecnologia, design programação
5 — Pensamento crítico e analítico
6 — Resolução de problemas complexos
7 — Liderança e influência social
8 — Inteligência emocional
9 — Racionalidade, resolução de problemas e ideação
10 — Análise e avaliação de sistemas
Atualmente nos processos seletivos, os recrutadores sempre buscam por dois grupos de habilidades: hard skills (habilidades técnicas) e soft skills (habilidades comportamentais). Hard skills são competências que podem ser aprendidas e facilmente quantificadas, elas são tangíveis. Você aprende hard skills na sala de aula, com livros e apostilas, ou até mesmo no trabalho. Elas são avaliadas durante ou após uma sessão de treinamento, por exemplo. Soft skills são competências subjetivas, muito mais difíceis de avaliar. Também são conhecidas como people skills (habilidades com pessoas) ou interpersonal skills (habilidades interpessoais), porque elas estão relacionadas à sua forma de se relacionar e interagir com as pessoas, como por exemplo, atitude e comunicação.
Para Flora Alves, diante de tantas mudanças, se adotar o mindset (modelo mental) adequado, a tendência organizacional será forte em prol de um ambiente inovador. Nesta nova realidade, em que há um grande investimento em tecnologias com o intuito de automatizar os processos corporativos na busca por um padrão ágil e assertivo, é preciso fortalecer atividades que não possam ser robotizadas. Para isso, o RH não pode esquecer de seguir desenvolvendo um olhar aguçado para o capital humano e investir em ferramentas de Treinamento & Desenvolvimento para auxiliarem nesta mudança.